domingo, 25 de abril de 2010

-Na base inimiga-

O dia estava amanhecendo quando Armand me deixou na porta da grande mansão.
-Obrigada, foi uma otima noite.
-No que depender de mim está não será a única. -Sorri e mais rapido do que eu pude ver ele desapareceu no ar. Corri pra dentro da casa, onde Vladimir me esperava na escada.
-Muito bem. Na mesma noite em que o conheceu já voaram juntos.
-É para isto que estou sendo paga, não é?! -Respondi passando por ele.
-Está sendo paga para descobrir como matá-lo, não para se divertir com ele! -Disse Vladimir segurando-me pelo braço. Girei e forcei minha adaga em seu pescoço, prendendo esté no corrimão.
-Sei muitu bem de meus deveres. E se fosse você tomaria cuidado ao tocar-me. Entendido?
-Sim...
-Otimo. -Disse e subi, libertando-o.

Mas no fim até que Vladimir está certo, tenho que me focar na missão, Armand é um meio para um fim, e além do mais como eu poderia namorar um imortal que se alimenta de sangue para viver?! Que seja, vou tomar banho e sair um pouco pra ver o que mais descubro sobre esses vampiros.

Depois do banho sai do banheiro enrolada na toalha e quando estava terminando de abotoar a calça Vladimir abre a porta.

-Ops. -Diz ele, mas não desvia os olhos de mim.
-A porta está ai por um motivo. -Disse colocando a blusa.
-A ideia de ficar socando uma porta de madeira em minha propria casa não é muito agradavel. -Disse ele jogando-se na cama. Apenas olhei-o. -Então... Onde vamos?
-NÓS não vamos a lugar nenhum. EU vou a biblioteca.
-Aqui tem uma ótima biblioteca. -Revirei os olhos e sai do quarto.

Enquanto andava pelas ruas de Paris comecei a me sentir seguida. Sorri sinicamente, alguem não fazia ideia no perigo em que estava se metendo. Caminhei calmamente até um patio mais escuro de Notre Dame enquanto continuava a ser seguida. Virei rapida no fim de um dos corredores e me escondi entre o teto e uma coluna.

-Droga! Onde ela esta?!
-Buu! -Disse saltado do teto já com uma de minhas adagas em mãos, ele conseguiu desviar e cai sentado no chão.
-Espera! Espera! Eu não iria machucá-la!
-Com certeza não. Eu vou machucar você. -Disse indo pra cima dele.
-Espera! Eu sou Marcos! Fui enviado por monsieur Lafayete! Ele gostaria de convidá-la para jantar em sua manssão esta noite! -O garoto tremia me estendendo um pequeno cartão negro. Tirei-o da mão do menino.
-Não era necessario que me segui-se a distacia como um rato só para me entrgar isto. -Disse rispida.
-Perdão. Qual é a resposta?
-Diga que ficaria encantada em jantar com ele. Estarei lá.
-Sim. Entendido. -Disse ele correndo por um dos corredores de Notre Dame. Balencei a cabeça ouvindo seus paços apressados se perderem ao longe.

"Nossos atos nos determinam, tanto quanto nós determinamos nossos atos."

quinta-feira, 22 de abril de 2010

-Uma noite na cidade Luz-

Chegamos a Paris na tarde do dia seguinte. Vladimir me levou para sua mansão, onde passaria minha longa estadia.

-Bonjour Madame, Monsieur. Tenho a honra de apresentar-lhes Lane Arashi, nossa mais nova caça-vampiros.
-Muito prazer senhorita. -Diz um senhor alto parecido com Vladimir, que supus ser seu pai, Sr. Teodore.
-O prazer é meu, senhor e senhora Teodore. -Depois de feitas as apresentações Vladimir me levou até meu quarto. Ele era simplismente maior que meu antigo apartamento, tinha até closet e banheiro com hidromassagem!
-Espero que seja de seu gosto.
-Sim. Está otimo, merci.- Respondi, improvisando no meu frances fraco. Ele sorriu.
-Hoje a noite terá um baile aqui em casa em comemoração ao aniverssario de minha mãe. Então eu lhe apresentarei aos vampiros, encontrará algumas roupas que tomei a liberdade de mandar comprar para você no armario. Espero que sirvam.
-Obrigado.
-Bom, deixarei-a a vontade. Qualquer problema pode me chamar ou a um dos empregados. Meu quarto é o último deste corredor.
-Tudo bem. -Então ele saiu e eu fui me arrumar. Tomei banho e descansei um pouco da viagem.

A noite fui ver o vestido que ele comprou. Lindo! Era negro e longo tomara que caia com um espartilho de couro combinando e sandalias de salto. Me arrumei e sai do quarto. O salão principal estava lotado, andei um pouco entre os convidados sendo alvo de olhares e identifiquei alguns vampiros, só não achei Vladimir. Então me servi de um pouco de ponche e iquei a observar a lua pela janela quando percebo Vladimir falar cum um homem alto de cabelos negros e olhos azuis escuros. Depois eles vem em minha direção.

-Lane. Permita-me apresentar-lhe Armand Lafayete. Armand esta é Lane Arashi.
-Enchanté Mademoiselle.
-Enchanté Monsieur Lafayete.
-Por favor chame-me de Armand.
-Armand.
-Com licença. -Disse Vladimir partindo.
-Então. O que tras uma jovem como você a Paris?
-Mudar um pouco de paisagem talvez. O Japão não é mais como antes.
-Acho que nenhum lugar é. -Sorrimos. Ele era tão diferente dos outros vampiros. Era inteligente, educado, bonito. Conversamos por horas e durante esse tempo me esqueci do por que falava com ele.

Perdemos o brinde enquanto caminhavamos pelos jardins. E a meia noite ouvimos os sinos tocarem.
-Já tinha vindo a Paris antes?
-Nunca.
-Gostaria de conhecê-la comigo? -Olhei-o nos olhos.
-Adoraria. -Ele sorriu e me ofereceu a mão aberta que aceitei prontamente. Em um movimento rapido ele me pos em seus braços e correu cortando o vento tomando impulso nas arvores para voar pra noite.
-Segure-se. -Disse enquanto planava no céu. Nunca vivi nada como aquilo. Era incrivel. Ri voando com ele. Fizemos um tuor por Paris e paramos no teto do Louvre observando a Torre eiffel.
-É lindo.
"De que adianta a eternidade se não houver ninguem com
quem compartilhá-la?"

-Sim-

Tarde do dia seguite.

Estava tomando meu chá da tarde em minha sala de estar enquanto folheava o jornal.

Ministro de relações publicas Soreto Amurabe encontrado morto em viela na zona Sul de Monori. A policia ainda não tem informações sobre o assassino. Sydonaru Muray assume a posição de ministro de relações publicas até as proximas eleições dentro de três anos.

-Ótimo trabalho Lane. -Digo a mim mesma deixando o jornal de lado e mais uma vez olhando a carta que me foi entregue na noite anterior. Nesta estavam um número de telefone e endereço de Vladimir Teodore. -300 mil negociaveis yens... Quão perigoso será este trabalho? Não vou perder nada telefonando...

-Bonjour.
-Senhor Teodore?
-Depende. Do que se trata?
-Aqui é Lane Arashi.
-Oh, sim. Decidiu aceitar minha oferta?
-Bem, sobre isso...
-Se achar que o dinheiro é pouco posso oferecer-lhe 500 mil yens! Só preciso que aceite. É urgente.
-Certo.
-Ótimo! O carro a pegará às 10! Até.
-Espere! Ótimo, ele desligou. -Levantei e fui fazer as malas.

21.50 horario de Tokyo

Acabei de sair do banho e estou terminando de me arrumar. As espadas estão polidas e embaladas dentro de uma das malas. E só falta empacotar uma única coisa...

-Olá familia. -Digo ajoelhando-me em frente a foto na minha cabeceira e passando os dedos de leve na moldura. -Estou partindo, mas não esqueci minha missão. Vocês terão vingança. Eu prometo! Vou descobrir o culpado e ele pagará.

Baixei os olhos, e depois de por uma mexa de cabelo atrás da orelha volto a olhar a foto. Minha mãe era tão linda... Lembro-me do gosto da sua comida, do avental branco que ela usava com os cabelos negros soltos, olhos verdes como os meus. Papai, sempre lindo e um pouco serio, extremamente responsável e cuidadoso, lembro de como ele penteava o cabelo loiro com as mãos quando estava nervoso. Myuki, minha irmã mais nova. Linda! Contagiava a todos com o som de seu riso fácil, sempre estava feliz, era tão pequenina... Sanji, meu irmão mais velho, sempre serio e misterioso, só se abria para minha mãe, sempre se achava responsável por todos nós. Limpei rápido uma lágrima que manchava minha face e depois de guardar a fotografia na mala terminei de me arrumar.

22.00 horario de Tokyo

A campainha toca e um motorista apresenta-se como empregado de Vladimir que veio me ajudar com as malas, permito que ele as leve para o carro e partimos em uma viagem muda para o aeroporto.
Chegando lá, minhas malas são levadas pelo pátio de trás para que não sejam inspecionadas e eu vou ao encontro de Vladimir no salão principal como me foi orientado pelo motorista.

- Bonsoir! -Diz ele ao me ver.
-Olá. -Respondo. Depois de tomarmos nossos acentos no avião lembro-me de que ainda não sei do que se trata o trabalho.

-Senhor Teodore...
-Senhor Teodore é meu pai. Chame-me de Vladimir, S'il vous plaît.
-Claro. Vladimir, qual exatamente é o trabalho para que fui contratada.
-A sim, claro. Existe um clã de vampiros incomodos em Paris. Você já lutou com alguns desses certo?
-Sim. São um pouco difíceis, mas lutam como animais...
-Temo que esses sejam um pouco mais... Civilizados. O ponto é, o clã Lafayete domina Paris a mais de 300 anos e nós achamos que é hora de um novo clã comandar.
-Os Teodore.
-Certamente.
-Compreendo. Então eu devo entrar no tal clã e extermina-los. Simples.
-Não creio que será tão simples. Eles são bem organizados e vivem como humanos normais, os mais fortes são até capazes de sair a luz do dia, por isso são tão impociveis de se vencer. Queremos que se infiltre no clã, descubra as fraquezas deles. Aproxime-se do lider deles, descubra seu ponto fraco, e então acabaremos com essa praga.
-Entendido. -Onde eu fui me meter. Ele quer que eu me aproxime de vampiros e descubra seus pontos fracos. Vampiros franceses e civilizados, que andam como humanos. Ótimo!
"As dores nos fazem crescer, os amores nos fazem viver e
as derrotas nos fazem aprender."

-A proposta-

Depois do trabalho terminado sai de perto do homem morto limpado minha espada. Guardei-a e liguei para meu empregador.

-Sim. -Diz a voz rouca do outro lado da linha.
-Terminado.
-Bom trabalho Lane-sama. O pagamento a aguarda no local combinado.

Desligo o telefone e vou pegar meu pagamento no antigo parque que é abrigo para viciados e prostitutas. No parque as garotas semi-nuas vendem seus corpos por menos de 50 yens, drogados consomem e vendem suas mercadorias e garotas desavisadas e bêbadas são explorados por homens sem o menor carater. Certo, não é tão diferente do resto da cidade.

-Olá doçura! Quer companhia está noite? -Aproxima-se um dos cafetões do lugar.
-Nem se fosse o último homem da face da terra suportaria ficar mais do que uma hora em sua depravavel presença. -Respondo sem olhá-lo apos pegar meu dinheiro.
-Hey garota! Com quem pensa que está falando?
-Agora estou em dúvida. Não sei se com um homem fingindo-se idiota ou um idiota fingindo-se homem. -Digo examinando-o.
-Vou ensiná-la a não brincar comigo! -Brada o asno desembanhando a espada que não estou certa de que ele saiba usar. Desvio de seus golpes cegos e desastrados com facilidade, com um movimento rapido tomo-le a espada e firo-o no braço com a mesma desaparecendo em seguida. Ele fica desnorteado no meio do parque olhando o vento passar pelas folhas.

1.2.3. AGORA!

Reapareço, agora com a espada em seu pescoço.
-Se ousar dirigir-se a mim mais uma vez corto-lhe o pescoço. -Susurro em seu ouvido.
-Bravo! -Diz um homem engravatado ao sair do meio das arvores aplaudindo. -Foi uma otima performasse devo dizer. Não acreditei muito quando Takamoyo me falou sobre você, mas agora estou impressionado. Sua tecnica é mesmo admiravel para uma jovem com sua idade e beleza!
-Não creio que nos conheçamo-nos. -Digo esquecendo-me do homem que eu vencera, ele pega sua espada e corre para a trilha.
-Que desleixo o meu. Permita-me. -Diz ele fazendo reverencia. -Meu nome é Vladimir Teodore, Enchanté mademosselle. Soube de seus dons por intermedio de um velho conhecido, que por conhecidencia é seu empregador.
-Takamoyo.
-Exato.
-E por que estamos falando exatamente?
-Eu gostaria de contratar seus serviços, mas para isso será necessaria sua ida para França comigo.
-França? O senhor só pode estar delirando.
-Não estou minha cara. Sei que a oferta é inesperada, mas o problema é iminente. Devo acrescentar que é de suma importancia minha volta pra França ainda está semana e de preferência em a vossa companhia.
-Desculpe. Não estou interessada em me mudar. -Disse indo embora.
-Creio que deva apenas considerar minha proposta. Sua viagem, estadia e despesas em geral seriam cobertas por minha familia, fora é claro seu salário que seria o valor negociável de 300 mil yens caso seu trabalho renda frutos. Por favor ligue-me se aceitar. É urgente. -Disse ele jogando na arvore uma adaga com um envelope preso por uma fita vermelha. Pelo menos o homem tem estilo. E paga bem. Talvez eu ligue pra ele.
Retirei o envelope da arvore e parti pra casa. Basta de problemas está noite.

"Durante a noite encontramos os maiores perigos, as maiores aventuras,
e as melhores companhias"

quarta-feira, 21 de abril de 2010

-Mundo das sombras-

"Quando suas esperanças viram cinzas e tudo o que você conhecia da vida se tornam mentiras, o que te restas?"

Prazer meu nome é Lane. Tenho 17 anos e vivo sozinha neste fim de mundo desde os 7, não me lembro muito de meus pais e irmãos, mas me lembro dos dias de Sol que passavamos na varanda de nossa casa cantando antigas canções, e me lembro de seus gritos na noite em que nossa casa foi destruida pelo fogo. Até hoje não sei o motivo do que houve, mas jurei a eles vingança e é isso o que irão receber. Minha vingança pode ser tardia, mas ela virá, e virá da pior forma possivel para os culpados por destruirem minha vida.

Levo uma vida noturna desde que sai da cidade onde morava com minha familia e me mudei para Monori, uma cidade morta no Sul do Japão, onde as noites escondem os piores assassinos, como eu. Foi nessas ruas que me tornei a melhor espadachim de todo Japão, foi nessas ruas que matei a sangue frio homens, mulheres, crianças, ricos e pobres, altos e baixos, fortes e fracos. Foi nessas ruas que aprendi o segredo dos Deuses e conheci anjos e demonios com quem lutei. Aqui aprendi a enfrentar o medo de frente pra sobreviver a lei do mais forte.

Agora quando até o Sol tem medo de se levantar eu corro para escuridão noturna, caçando minhas fetidas presas. É hora do show.

22.15 horario de Tokyo

Meus olhos verdes varrem as ruas podres em busca da sorteada da noite. Localizo-o dentro de uma taberna, pobre homem, divirta-se enquanto pode, pois esta noite será a última em que caminhará sobre a terra. Espero-o agachada sobre o telhado do predio em frente.

22.32 horario de Tokyo

O homem já um pouco bebado sai da taberna e eu o sigo sorrateira por entre as vielas. ele desconfia que está sendo seguido e aperta o passo. Tarde demais.
Ele anda cada vez mais rapido, tropeçando nos proprios pés, eu o sigo como um vulto, deixando-o apenas vislumbra meu sobretudo esvoaçante, sem tomar conhecimento de minhas formas.

22.43 horario de Tokyo

Encurralei-o num beco sem saida. Ele se vira já sem folego buscando meu rosto em meio as sombras.
-Apareça! Apareça Demonio maldito! Covarde! -Coitado, ele não sabe o que diz.
-Esse é seu último desejo meu senhor? -Pergunto entrando na luz de um poste e observando seu medo e espanto ao ver meu rosto e minhas curvas femininas na luz fraca.
-Você? Quem é você?
-Eu? Uma miragem. Um anjo. Um demonio. Sou tudo e nada. Essa noite, sou apenas sua morte.
-AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH

22.45 horario de Tokyo

Está acabado.

"Como uma sombra a caminhar na escuridão,
Vou te fazer implorar e mostrar-lhe o que realmente é temer."