terça-feira, 11 de maio de 2010

-Perguntas-

-Então Lane, como foi sua noite? -Pergunta Vladimir assim que entro no quarto.
-Pelo que me lembro este ainda é meu quarto.
-Pelo que me lembro você está sendo paga pra descobrir as fraquezas dos vampiros e não se agarrar com Armand na frente de minha casa.
-Sei o que tenho que fazer.
-Então por que ainda não vi nenhum resultado? Vamos Lane. O que tem pra mim? -Perguntou ele levantando-se e me encarando nos olhos.
-A irmã de Armand voltou. Parece que ela quer o controle do clã e é forte o suficiente para desafia-lo, tanto que o fez esta noite, seu nome é Kara Lafayete e ela deveria ser a herdeira dos Lafayete se Armand não tivesse nascido. -Disse sem medir minhas palavras.
-Otimo. -Disse ele com um sorriso vitorioso e fogo no olhar. -Com Kara de volta a cidade o clã Lafayete ficará dividido. Logo Paris estará sob novo comando. Continue com o bom trabalho Lane. -Disse ele passando por mim. -Droga! Eu sei que estou cumprindo meu trabalho, mas porque sinto-me tão mau por isso?!

--//Enquanto isso no Clã Lafayete(Armand POV)//--

Quando cheguei ao clã, Kara estava sentada na cadeira que nosso pai ocupava antes de mim, ao entrar ela me olhou sorrindo. Fingi não vê-la e me afastei lentamente.
-Por que? -Ela pergunta. Fala tão doce e pausadamente que por um momento me permito lembrar da Kara que conheci no passado.
-O que? -Digo de má vontade lembrando quem me fala.
-Por que ela Armand? -Ela agora estava atrás de mim, falava suavemente.
-Não sei do que está falando. -Disse tentando sair de lá, porém ela me segura pelo braço ficando a minha frente.
-Sim,  você sabe. Quero saber o que viu de especial na garota.
-Isso é assunto meu, Kara. Apenas fique longe dela. -Soltei meu braço e me distanciei um pouco dela.
-Claro. Por que me meteria com uma estranha? Sim, pois é isso o que ela é. Você por acaso conhece a historia dela? A família dela? Sabe por que ela está com os Teodore? Mas essas simples informações que vão além do primeiro nome não lhe interessam, não é? Nada o impede de entregar a ela todas as informações necessaris para acabar conosco, afinal o que a melhor espadachim japonesa poderia fazer com essas informações?
-Do que você está falando?! -Disse segurando-a pelo braço com força. Ela riu.
-Por que não pergunta a ela? -Disse livrando-se de mim e desaparecendo no corredor. Respirei fundo e fui caçar.

Já fazia muito tempo que não me alimentava, então não busquei uma presa especifica, apenas pulei para a noite e ataquei o primeiro coitado que cruzou meu caminho. Não tinha porque conter meus instintos. Essa era uma cidade sem lei. Quem caminha-se sob a lua pertencia a noite, e quem pertencesse a noite era minha presa.

Quando terminei meu banquete notei que alguem me observava, talvez estivesse lá o tempo todo, mas não importava. Seja quem for não seria tão tolo a ponto de se aproximar de mim.

--//(fim de Armand's POV)//--

Depois de vê-lo literalmente devorar aqueles homens fugi pelos telhados temendo que ele me visse. Eu tentei a todo momento evitar pensar no lado vampiro dele, mas agora...

Corri o mais rapido que pude e quando parei me vi frente a porta da antiga Notre dame. Agora era só mais um templo abandonado. Uma miragem do que havia sido no passado quando milhões de fieis passavam por suas porta e ajoelhavam-se frente ao altar. O que mesmo eles buscavam? Deus? Apenas algo inanimado, intocável que vivia além do céu, além do compreensivel. Se o Deus bondoso a quem essas pessoas se ajoelhavam realmente existiu ele já as tinha abandonado antes mesmo da nova era. Lembro-me da cruz de prata que minha mãe carregava no peito.

--//flash back//--

-Mamãe, o que é? -Perguntei tocando levemente o pingente.
-Apenas uma lembrança do Deus morto. -Ela respondeu.
-Quem é Deus?
-Deus? Algo distante demais, apenas algo em que os humanos precisam acreditar para manter-se no caminho. É algo inalcansavel. Algo que existia apenas para que os homens pudessem acreditar no amanhã. Ele já deixou de ser útil. Se algum dia existiu, ou se cansou dos humanos, ou morreu a muito tempo. -Respondeu ela sorrindo. Sorri ainda sem entender o significado de tais palavras.

--//fim do flash back//--

Olhei o grande homem pregado na cruz. Será esse o Deus dos homens? Pra mim ele parece apenas um morto. Apenas alguém que mataram sem motivo. Apenas um homem de mármore. Fechei os olhos ouvindo apenas os barulhos da antiga construção se deteriorando em ruínas e dos animais que rondavam pelos cantos escuros. Deixei assim a noite me levar de volta a minhas lembraças do passado.

-Mamãe... -Sussurrei para o nada.


"Mesmo no caos ainda é possível encontrar a pureza, esperança
e inocência nos olhos de uma criança. E é isso que nos impulsiona a continuar lutando"

2 comentários:

  1. Vc continua com a mania do POV! ¬¬

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  2. não consigo perder essa mania! fico sempre qrendu falar oq acontece com um personagem longe do narrador XD

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