segunda-feira, 3 de outubro de 2011

-Guerra-

Já faziam alguns dias que eu havia chegado ao Novo Mexico, consegui um emprego em uma padaria proxima a estalagem onde estava hospedada e tudo estava indo bem, exceto pelos pesadelos que me consumiam a noite, neles eu via Armand, ele chorava lagrimas de sangue, eu tentava alcança-lo, mas não conseguia e ele afastava-se cada vez mais, depois o cenario mudava, eu estava em um casamento, Kara era a noiva e Armand o noivo e por último eu via um cemiterio e uma lapide entrava em foco, ARMAND LAFAYETE, assim que eu conseguia ler podia ouvir o riso de Kara.

Fui desperta de meus pensamentos ao ouvir a conversa de dois homens que esperavam por seus pedidos no balcão.
-Tive que cancelar minha viagem pra França. Aquilo está um caus. 
-Eu soube. Os lobisomens se revoltaram.
-Isso alem do fato que o lider dos vampiros desapareceu. Sempre soube que aquele moleque Lafayete era jovem demais pra assumir o clã.
-A outra opção era aquela garota... Parece que agora é ela quem controla a França. Kara, não é?
-É. Só espero que ela consiga controlar essa revolução antes que atinja nossa cidade... -Não fiquei para ouvir o fim da conversa. Tirei o avental, pulei o balcão e corri para a estalagem.

Impossivel. Armand não abandonaria o clã, nunca o deixaria nas mãos de Kara, principalmente em um momento como esse. Ela deve ter feito algo com ele e eu tenho que descobrir o que é.

22.55 Hora de Paris

A cidade parecia mais deserta e escura que o normal, a torre eiffel parecia mais alta e apavorante vista de baixo neste clima gelido e aterrorizante. Andei a passos lentos em direção a mansão Lafayette, eu não estava muitu certa do que faria ao chegar, mas não estava disposta a deixar Kara vencer. Eu estava distraida com meus pensamentos, mas mesmo assim percebi que estava sendo seguida. Parei na rua escura e esperei que ele viesse até mim, e ele veio e trouxe companhia.
Eram 8 vampiros elegantemente vestidos, mas a forma como lutavam não era tão elegante. Eram rápidos e fortes, consegui desviar da maioria dos golpes, mas derrotá-los estava sendo mais difícil do que planejei, estava pensando em uma forma rápida de derrotá-los quando Vladi literalmente caiu do céu a meu lado.

-Perdida, chery? -Perguntou ele com um sorrisso bobo nos lábios.
-Aonde está Armand? -Perguntei sem rodeios. Ele apenas sorriu deixando-me ainda mais nervosa. Deixei que a raiva me subisse a cabeça  e ataquei os vampiros. Meu primeiro alvo foi um ques estava bem a minha frente, usei minha espada pra cortar-lhe o pescoço, separando assim a cabeça do resto do corpo, girando cravei minha adaga no coração de um vampiro a minha direita. Um outro me atacou por trás, me apoiei no ombro deste pulando por cima de sua baça e cortandolhe ao meio da virilha até o topo da cabeça, girei rapido decapindo mais dois vampiros que me cercavam, pare de frente pra Vladi que esgueu uma arma da altura da minha cabeça e atirou acertando um sobrevivente atras de mim.
-Você não perdeu o jeito... -Disse ele. Apoiei minha espada em seu ombro, posicionando-a perigosamente perto de sua garganta.
-Vou perguntar pela última vez. Onde está Armand? -Disse rispida e seriamente. Ele sorriu.
-Isso, mon cher, é um completo misterio. -Respondeu ele sorrindo.
-E espera que acredite em você?
-Só porque não acredita não quer dizer que não é verdade. -Respondeu ele erguendo uma sombrancelha e afastando minha espada de seu pescoço. -Siga-me.
Eu não acreditava nele, mas que motivo teria para não segui-lo? Vladimir não tinha razão para me matar e se fosse com ele seria mais facil encontrar Armand.

Quando entramos na mansão Lafayte o clima parecia mais frio do que o comum, ele me guiou até uma sala onde eu podia ouvir sussurros do outro lado da porta, Vladimir me fez um sinal para esperar e abriu a porta de leve.
-Espero não estar interrompendo, mas trouxe uma convidada especial. Entre. -Disse ele abrindo passagem. Na sala pude ver Kara e meu irmão em um sofá e Bartolomeu de pé na frente deles.
-Jane? -Disse Bartolomeu um tanto surpreso quando entrei na sala. Meu irmão sorriu e veio comprimentar-me sorrindo, Kara não esboçou qualquer reação.
-Já que estamos todos aqui podemos prosseguir com a reunião. -Falou Vladimir sentando-se em uma cadeira proximo a Kara.
"Em tempos de guerra é sabio permanecer neutro até saber 
com certeza quem são seus reais inimigos."

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